
2 de May, 2025
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Em um cenário econômico global marcado por instabilidades, o mercado imobiliário brasileiro se consolida como uma das opções mais...
31 de Mar, 2025
Nos últimos 14 anos, o mercado imobiliário no Brasil passou por uma evolução significativa, marcada pelo contraste entre crescimento, crises econômicas e inovações que mudaram o cenário do setor.
Nos últimos 14 anos, o mercado imobiliário no Brasil passou por uma evolução significativa, marcada pelo contraste entre crescimento, crises econômicas e inovações que mudaram o cenário do setor. O país, com sua vasta extensão territorial e diversidade de regiões, apresentou dinâmicas variadas com estados como Santa Catarina se destacando como exemplos de desenvolvimento e resiliência no segmento.
O boom imobiliário (2010-2014)
No início da década de 2010, o Brasil vivenciou um verdadeiro boom imobiliário. Entre 2010 e 2014, o mercado cresceu a taxas elevadas, impulsionado por fatores como o aumento do crédito imobiliário, programas governamentais como o “Minha Casa, Minha Vida” e o crescimento econômico do país. O acesso facilitado ao crédito, com juros mais baixos, permitiu que milhões de brasileiros realizassem o sonho da casa própria, o que levou a um aumento expressivo no número de lançamentos e vendas de imóveis.
Santa Catarina, com suas cidades turísticas e uma economia diversificada, surfou essa onda de crescimento. Florianópolis, Balneário Camboriú e Joinville viram uma explosão na construção de novos empreendimentos, tanto residenciais quanto comerciais.
Desafios e ajustes durante a crise (2015-2017)
O período de 2015 a 2017 foi marcado por uma profunda crise econômica no Brasil, que impactou diretamente o mercado imobiliário. O cenário de recessão, aliado à instabilidade política, provocou uma retração na confiança dos consumidores e investidores, resultando em uma desaceleração significativa no setor. As vendas de imóveis caíram, os lançamentos foram reduzidos, e os preços dos imóveis se estabilizaram e até apresentaram leves quedas em algumas regiões.
Mesmo assim, Santa Catarina conseguiu manter um desempenho relativamente melhor em comparação com outras regiões do país. Cidades como Florianópolis e Balneário Camboriú, impulsionadas por sua atratividade turística e pela busca de qualidade de vida, continuaram a receber investimentos, embora em ritmo mais moderado. Joinville, com sua forte base industrial, também conseguiu sustentar uma demanda estável por imóveis, apesar da crise.
Recuperação progressiva (2018-2020)
A partir de 2018, o mercado imobiliário brasileiro começou a dar sinais de recuperação, com a redução das taxas de juros e um cenário econômico mais estável, restabelecendo a confiança dos consumidores e investidores, impulsionada por expectativas de reformas econômicas e políticas mais estáveis.
Santa Catarina continuou a se destacar nesse cenário de recuperação. Balneário Camboriú seguiu seu caminho de valorização, com novos empreendimentos de alto padrão que continuaram a atrair compradores de todo o país.
Impactos da pandemia e transformações no mercado (2020-2022)
A pandemia de COVID-19, que começou no país em 2020, trouxe desafios sem precedentes para o mercado imobiliário, mas também acelerou mudanças importantes. O home office, por exemplo, transformou as preferências dos consumidores, que passaram a buscar imóveis maiores, muitas vezes fora dos grandes centros urbanos, em busca de mais espaço e qualidade de vida. Santa Catarina foi um dos estados mais beneficiados por essa mudança de comportamento.
A digitalização tornou o processo de compra e venda de imóveis mais ágil e eficiente, abrindo novas possibilidades para o mercado. Visitas virtuais, assinatura eletrônica de contratos e outras tecnologias se tornaram comuns, facilitando transações e atraindo novos compradores.
Cidades como Florianópolis, Itapema e Balneário Camboriú viram um aumento na demanda por imóveis residenciais, especialmente em áreas que ofereciam mais contato com a natureza. O setor de imóveis logísticos também cresceu, impulsionado pela expansão do e-commerce e pela necessidade de centros de distribuição mais próximos dos consumidores.
Em alta recuperação (2023 em diante)
A partir de 2023, o mercado imobiliário brasileiro seguiu se recuperando, com um cenário de otimismo cauteloso. As taxas de juros, embora mais altas do que no período pré-pandemia, estão em níveis que ainda permitem a manutenção de um mercado ativo. A sustentabilidade e a tecnologia continuam a ser tendências fortes, com construtoras e incorporadoras investindo em práticas mais verdes e em soluções inovadoras.
Segundo o Índice FipeZAP, o mercado imobiliário brasileiro está em alta, com a maior valorização dos últimos 10 anos. Em julho de 2024, os preços residenciais subiram 0,76%. No acumulado do ano, o índice subiu 4,34%, superando a inflação e o IGP-M.
Santa Catarina é um exemplo de que a combinação entre qualidade de vida, diversificação econômica e adaptabilidade pode garantir crescimento sustentável, mesmo em tempos de crise. Não é à toa que em agosto de 2024 em pesquisa realizada também pelo Índice FipeZap, o Estado liderou com quatro cidades no topo do ranking nacional pelo metro quadrado mais caro do país com as cidades de Balneário Camboriú, Itapema, Itajaí e Florianópolis, respectivamente, deixando para trás cidades tradicionais no ranking de mercado imobiliário como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
E à medida que o país avança, o mercado imobiliário catarinense deve continuar a ser um dos protagonistas dessa trajetória, com perspectivas positivas para os próximos anos.